Escrevo pra te esperar

Me avisa quando é a próxima roda que eu vou.. e eu vou! Diz a mãe que não precisa mais passar a roupa, Vem amassado mesmo, dobrado, ou do avesso. Vem de chinela de couro, moço. Mas vem ligeiro. A estrada é longa e me levam a um caminho distante do seu. Faço uma prece e canto baixinho com Gadú , ‘Queria ser navegador, desse teu mundo estelar. Lua que amansa o meu desejo, estrela azul, me leva’’ Cheiro o cheiro escondido na ponta do meu nariz, Ainda há rastro de tu por onde sinto, moço. O coração anda descompassado E o sorriso... fácil e frouxo. Tu é energia ainda viva aqui, Tu é início de maio com promessas do melhor que há de vir. Segundas, primeiros e inicios nunca soaram com tanta continuidade. Te vejo e te reencontro, não sei onde, mas te espero. Cê volta nessa chuva ou na próxima? Não importa! Só não demora.. vem! Vem que eu quero dançar na chuva ao som do tambor do peito, Fazer da minha pele a sua e te atravessar do meu jeito. Preto, eu não se